terça-feira, 29 de setembro de 2015
09:29
| Postado por
Adriana de Jesus Fogaça
Título original: Corto Maltese - Una Ballata Del Mare Salato
Título: Corto Maltese - A Balada do Mar Salgado
Autor: Hugo Pratt
Tradução: Maria Teresa Albiero
Série: Corto Maltese 01
Editora: L&PM Quadrinhos
Ano: 1993
Comprar: Infelizmente só nos sebos.
Resenha:
Antes de falar da história onde o belo Corto Maltese aparece pela primeira vez, tenho que abrir um parêntese para mencionar o maravilhoso quadrinista Hugo Pratt, um gênio de seu tempo. Alguns o chamam de nômade, um homem sem raízes, mas pra mim Hugo é um aventureiro, um artista a procura de inspiração e de conhecimento.
Como seu personagem Pratt sempre viveu no fio da navalha, desde muito cedo conheceu a violência e a perda, as alegrias e a arte. E é através das artes conseguiu se expor, apresentar seus pensamentos e principalmente demonstrar a forma que via o mundo. A ambiguidade está em todo o seu trabalho, mas com Corto Maltese está fica evidente, não há dúvida que todas as experiências que Hugo Pratt viveu viajando pelo o mundo, foi demonstradas através dos livros do marinheiro Corto.
Como já mencionei no primeiro parágrafo, Corto Maltese faz sua primeira aparição neste A Balada do Mar Salgado, de maneira misteriosa, insólita e fantástica. O autor brinca com o presente e o passado sem nenhuma inibição, proporcionando encontros no mínimo inusitados.
Principalmente o relacionamento estranho de Corto com Rasputin. Não sabemos como eles se conheceram e porque Corto tenta mantê-lo por perto, mesmo tendo consciência que o russo é completamente maluco, um verdadeiro exemplo de um psicopata e para piorar evita que o louco seja executado. Não compreendo o por que. Talvez tenha minhas respostas no próximo livro ou nos subsequentes.
RECOMENDADÍSSIMO!!!
Contra Capa:
A Balada do Mar Salgado - Um dos maiores clássicos das histórias em quadrinhos, publicado na Itália em 1967, foi o primeiro tomo da série de aventuras do marinheiro Corto Maltese, o personagem mais famoso do quadrinista Hugo Pratt (1927-1995). Mito da arte sequencial, Pratt viajou pelos quatro cantos do planeta e transformou sua caderneta de viagem em matéria-prima para o que chamava de literatura desenhada, tendo Corto como seu alter ego. Ambientada entre 1913 e 1915, a balada narra a perigosa jornada de Corto Maltese pelas areias do Pacífico, onde ele acaba envolvido em um conflito tribal.
Sinopse:
Prezadíssimo Sr. Ivaldi,
Com esta carta comunico-lhe que os manuscritos de Cain Groovesnore, meu tio, eu os confiei ao Sr. Pratt. Como também o livro de bordo do Capitão de Fragata Slütter e dois mapas marítimos que pertencem ao Cap. Galland.
Isso foi tudo o que pude encontrar entre os velhos papéis e livros de meu pai, além de uma carta da prima de meu tio, Pandora Groovesnore, que ficou comigo.
A carta em si não tem muito valor documental para a história que deseja publicar. Mas somente um valor afetivo para mim, todavia transcreverei um breve trecho que pode lhe interessar.
Diz: ...se vires Cain lembra-lhe que não se esqueça de enviar-me aqueles mapas que estou esperando. Conta-lhe que as crianças estão bem, e que Pamela pergunta sempre por ele. Nós também estamos muito bem, mas tivemos uma desgraça na família, o tio Tarao morreu. Deixou um grande vazio entre nós, mas é sobretudo pelo tio Corto que agora me preocupo. Aqueles dois se compreendiam perfeitamente e eram inseparáveis. Agora, quando vejo o tio Corto sentado sozinho no jardim, com o olhar apagado diante daquele seu grande mar, sinto um aperto no coração. As crianças procuram fazer-lhe companhia, mas ele quase nem as percebe. Cain deveria vir aqui por algum tempo. A primavera já começou e o jardim já está cheio de flores….
A carta continua ainda, mas não nos diz mais respeito. Há algumas manchas nela parecem produzidas por lágrimas.
Diz-se que o último pirata foi Lafitte, mas não é verdade. O último pirata é o Monge. Costumo dizer: é… porque estou certo de que não terminou os seus dias e isso deveria surpreender, uma vez que, quando Cain Groovesnore o encontrou, estava ele já velho. Isto aconteceu em 1914, em uma zona do Pacífico Sul. Lá encontrou também Corto Maltese, o verdadeiro marinheiro, Cap. Rasputim, um maldito assassino, o Capitão de Fragata Slütter, que foi um herói obscuro, o maore Tarao, seu amigo, e, por último, Geremias, que poderia ter sido tudo e preferiu ser ninguém.
Este foram personagens importantes entre tantos outros e tiveram um grande peso em sua vida. Penso que quando era jovenzinho devia ter um caráter irascível, bastante preguiçoso e vazio. Certamente foram os tapas de Corto Maltese e a nobreza de Geremias que o mudaram, além das humilhações que a sua prima Pandora lhe infligiu, que Deus a abençoe. Esta é uma história verdadeira e eu não a teria revelado nunca se o Sr. Pratt não tivesse insistido para que eu contasse todos estes fatos. Termino assim essa carta e o saúdo cordialmente, junto com sua família. Espero revê-lo brevemente e não se esqueça que estamos aqui a sua espera.
Seu, R. Obregon Carranza
16/6/65 Viña del Mar (Chile)
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