terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Título original: Tistou Les Pouces Verts
Título: O Menino do Dedo Verde
Autor: Maurice Druon
Tradução: D. Marcos Barbosa 
Editora: José Olympio Editora
Ano: 2014
Comprar: Nos seguintes sites: Americanas, Submarino, Livraria Saraiva, Livraria Cultura e Livraria Folha 


Resenha:


Já li está obra prima da literatura a "milhares de anos" atrás, e talvez por isso, o texto tenha ficado na minha memória até hoje. Para fazer está resenha comprei a nova edição, e me apaixonei outras vez por Tistu.

É preciso preveni-los, que quando forem ler este livro, procurem estar com a mente aberta, não vá ler com pensamentos ou imagens pré-fabricadas.

Obvio que o livro é uma ficção. Alguns até podem chamar de fantasia, mas pra mim e o para o tradutor D. Marcos Barbosa é um texto "transbordante de humor e poesia".

Muitos comparam "O Menino do Dedo Verde" ao "O Pequeno Príncipe" porque nos dois livros há um protagonista criança e menino, mas as semelhanças acabam por aí. Pois, as histórias são completamente diferentes, não é possível compará-los. Por mais que alguns continuem tentandos, pra mim não há comparações.

Então, te aconselho a permitir que Tistu, te leve para caminhar pela relva do prado

RECOMENDADÍSSIMO!!!



Contra Capa:

...Obra-prima de pura ficção,
transbordante de humor e poesia.

D. Marcos Barbosa



Sinopse:

Um acontecimento
a destacar

Trata-se de um dos acontecimentos, não direi literários, mas poéticos, do ano, o lançamento deste livro de Maurice Druon, traduzido por um dos mais completos conhecedores da linguagem lírica no Brasil, Dom Marcos Barbosa. O fato do monge beneditino, recriador em nosso idioma de O Pequeno Príncipe, haver se dedicado a verter esse outro texto, já é uma espécie de garantia prévia no tocante à sua qualidade, ao seu lirismo, à sua lição de poesia e de verdade. Maurice Druon, embora acadêmico e autor de romances históricos, nada perdeu de flexibilidade, de gratuidade lírica, não se deixou esclarecer nem emburguesar pelos títulos, lauréis e outras prendas da velhice. Foi capaz de articular um relato nesse dificílimo idioma que adultos e crianças entendem, os primeiros, é claro, se não matarem em si o espírito de infância, isto é, o espírito de poesia. Livro para reler ao longo dos anos, se temos sorte de descobri-lo na idade cronológica certa; livro para meditar em toda a sua riqueza, se já o recebemos adultos. O paralelo com o récit hoje clássico de Saint-Exupéry não é exagerado. Dom Marcos que verteu a ambos para nosso idioma, confessou que só deu pela semelhança quando terminou o trabalho e se pôs a refletir criticamente sobre o livro. De fato, o Pequeno Príncipe pertence a uma mitologia; Tistu, o menino do dedo verde, está, ao contrário, preso às contingências sociológicas do mundo em que existimos. O primeiro é intemporal, o segundo é filho da era da poluição, de agressividade e do desentendimento. Sua missão é justamente despoluir, humanizar, reintroduzir a poesia num universo do qual ela se encontra exilad. Sobre um mundo cinza e enlutado, Tistu deixa impressões digitais misteriosas que suscitam o reverdecimento e a alegria. Tão apaixonante quanto o Pequeno Príncipe, sua tarefa é mais urgente é mais original. Druon foi capaz de criar um símbolo rico de conotações e de apelos, um significante  símbolo cujo significado jaz um pouco em cada leitor, capaz de florecer ao descobrir-se também possuidor de um polegar verde. Segundo a explicação do velho jardineiro, Bigode, ao menino, "o polegar verde é invisível. A coisa se passa dentro da pele: é o que se chama um talento oculto. Só um especialista é que descobre. Ora, eu sou um especialista. Garanto que vocé tem polegar verde". E à pergunta atônita de Tistu, o jardineiro prossegue: "Ah! É uma qualidade maravilhosa, um verdadeiro dom do céu. Você sabe: há sementes por toda parte. Não só no chão, mas nos telhados das casas, no parapeito das janelas, nas calçadas das ruas, nas cercas e nos muros. Milhares e milhares de sementes que não servem para nada. Estão ali esperando que um vento as carregue para um jardinou para um campo." 

A simbologia quase evangélica deste pequeno livro faz dele realmente um acontecimento a destacar entre a massa dos lançamentos literários. Cremos estar presenciando o retorno do Pequeno Príncipe: como nas fábulas antigas, se disfarça como Tistu, para só revelar sua verdadeira identidade aos que como ele possuem o polegar verde.

Nogueira Moutinho 
Folha de S. Paulo, junho de 1973

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